Alunos da FAMEU desenvolvem propostas para fortalecer ética na saúde

Sob orientação da professora dra Jane Reis, estudantes criam materiais aplicáveis sobre ética profissional, saúde mental, biossegurança e uso da tecnologi...

Sob orientação da professora dra Jane Reis, estudantes criam materiais aplicáveis sobre ética profissional, saúde mental, biossegurança e uso da tecnologia na medicina Alunos da Faculdade de Medicina de Uberlândia (FAMEU) desenvolveram propostas aplicáveis para reforçar a conduta ética na saúde, como parte de uma atividade avaliativa conduzida na disciplina ministrada pela professora dra Jane Reis. O trabalho resultou na produção de materiais voltados à realidade institucional e à formação crítica dos futuros profissionais da área médica. Estudantes da FAMEU apresentam propostas desenvolvidas na disciplina de Ética na Saúde, com foco na construção de uma atuação médica mais consciente e responsável Divulgação / Arquivo Pessoal Os temas abordaram desde diretrizes de conduta para a ouvidoria e ações de biossegurança até campanhas educativas sobre saúde mental, uso de celulares e reflexões sobre os impactos da inteligência artificial na prática médica. A construção dos conteúdos foi feita de forma colaborativa, com embasamento teórico e diálogo em sala de aula, promovendo o envolvimento dos estudantes na busca por soluções éticas que dialoguem com o cotidiano acadêmico e profissional. Professora Jane, que é mulher negra, mestre e doutora em Educação com certificação pela Universidade de Harvard, destaca que cada encontro com os alunos é uma oportunidade de diálogo sobre a diversidade que marca a saúde pública brasileira. Segundo ela, sendo uma das poucas mulheres negras que integram o percurso formativo de estudantes de medicina, busca intencionalmente trazer essa pauta para o centro das discussões em sala de aula. “Trabalho com os conteúdos da disciplina, mas também com sensibilização e humanização. Os futuros médicos e médicas da FAMEU irão atuar com a população do Sistema Único de Saúde, e isso exige deles um olhar atento à diversidade — racial, social e cultural — que representa o nosso país”, afirma. Durante a atividade avaliativa, alunos compartilharam iniciativas voltadas à ética profissional, saúde mental e biossegurança, evidenciando compromisso com a formação crítica Divulgação / Arquivo Pessoal Ela reforça que o processo foi marcado pela escuta ativa e pelo protagonismo estudantil: “Foi um momento de muita escuta, de participação ativa dos estudantes, de proposição... E o mais bonito: com desejo genuíno de ver esses materiais ganhando vida para além da disciplina.” “Eles trataram temas delicados com seriedade, mas também com criatividade e senso crítico. Foi uma construção coletiva muito rica, e os resultados mostram o quanto os estudantes estão atentos às questões éticas que atravessam a formação médica”, completa a professora. Os alunos demonstraram interesse em compartilhar os materiais com outros docentes e aplicá-los em diferentes contextos, inclusive em ações de extensão. Os resultados da atividade foram encaminhados à Direção da FAMEU, com o objetivo de estimular o uso institucional das propostas e reafirmar o compromisso com uma formação médica pautada na responsabilidade, no cuidado e na ética.